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#3 Betagem


- É uma longa história Gina.
- Gosto de longas histórias. – ela disse, mas parecia magoada por não ter contado antes.
- Está bem, vamos ao dormitório para que eu possa te contar tudo o que sei, aqui tem muita gente curiosa. – disse apontando para as pessoas que já nos olhavam curiosas tentando nos escutar.
Subi para o dormitório com Gina em meu encalço, fui em direção a minha cama e sentei-me sendo logo imitada pela ruiva.
- Desculpe-me por não ter dito antes, mas isso é mais assunto do Harry do que meu, então não quis dizer nada sem o consentimento dele. – disse a ela.
- Tudo bem Mel, mas você poderia ter me dito, sou sua melhor amiga, não sou?
- Gina, você é quase uma irmã para mim, mas o assunto não se trata de mim e sim do meu irmão.
- Eu sei disso Mel, você também é praticamente minha irmã. – ela disse sorrindo, mas logo ficou com um semblante sério, cruzou os braços e me fitou. – Pode começar.
- Sabe o dia que Harry foi para Hogsmeade escondido?
- Sim, mas o que isso tema ver…
- Calma, fica quietinha enquanto eu conto o que aconteceu. – eu disse fazendo com que ela revirasse os olhos. – Enquanto estavam no Três Vassouras, alguns professores entraram e começaram a falar sobre Sirius Black, então disseram que ele era muito amigo do meu pai e, consequentemente, padrinho de Harry.
- E o que isso tem a ver com o fato dele querer matar o Harry?
- Bom, ele contou a Voldemort onde nossos pais estavam escondidos, fazendo com que Voldemort os matasse. Acreditam que como servia a Voldemort, ele quer terminar o serviço que seu Lord não conseguiu.
- Nossa, então seus pais morreram por culpa dele?
- Tecnicamente sim, mas antes da tentativa de matar meu irmão, estava começando a duvidar de que ele fosse realmente culpado, pois além do que McGonagall disse sobre os dois serem como unha e carne em Hogwarts, quando vi a foto do casamento de meus pais, vendo-os tão felizes e tão… amigos, percebi que jamais ele teria entregado meu pai e comecei a pensar que essa história não faz tanto sentido. Mas o que não se encaixa é o fato dele ter entrado no dormitório masculino hoje e ter tentado atacar meu irmão, então realmente não sei as intenções do Black. – como ela não disse nada continuei. – O problema é que depois que Harry ficou sabendo disto, ele está com uma sede de vingança. Tentei convencê-lo do contrário, mas como não consegui, disse a ele apenas que o apoiaria caso seu plano não fosse matá-lo, é claro. Sei que papai não gostaria de vê-lo matando alguém, principalmente se era seu amigo. 
- Mel, sinceramente não sei o que pensar, mas também acho que Harry não deve procurar vingança, isto não é bom.
- Eu sei disso. Agora que te contei tudo vamos descer? Não quero deixar meu irmão sozinho agora.
- É, acho melhor você ficar com ele, caso ele tente cometer alguma bobeira.
Descemos para o salão comunal onde se encontravam todos os grifinórios reunidos. Localizei meu irmão em uma das poltronas perto da lareira junto com Rony, Gina foi sentar-se ao lado de Mione que estava em uma poltrona perto da janela, e sentei-me ao lado de Harry, encostando minha cabeça em seu ombro. Não escutei muito sobre o que ele e Ron conversavam, por mais que todos estivessem apavorados (inclusive eu), estava muito cansada e em pouco tempo acabei cochilando em seu ombro.
Quando acordei estava deitada no colo de Harry, este estava completamente acordado conversando com Rony. Gina e Mione certamente haviam ido deitar-se em seus dormitórios, pois não as vi. Olhei em volta e percebi que o salão comunal estava praticamente vazio.
- Até que enfim acordou Mel. – Rony disse ainda um pouco assustado. – McGonagall acabou de vir anunciar que não encontraram Sirius Black.
- Não o encontraram pelo castelo? – perguntei ainda sonolenta.
- Não o acharam em canto algum, ele simplesmente evaporou. – Harry disse exasperado.
- Logo o encontrarão, Harry, não se preocupe. Vou para o meu dormitório. – disse me levantando. 
Subi as escadas para os dormitórios femininos e percebi que praticamente todos estavam vazios, certamente a maioria das meninas já havia descido para o café da manhã. Entrei em meu dormitório e vi que Gina estava deitada sobre as cobertas em um sono profundo, tratei logo de acordá-la.
- Gina! Gina! – disse a chacoalhando. – Acorda!
- Me deixa dormir. – ela disse se virando.
- Acorda se não vai se atrasar para a próxima aula. – eu disse praticamente pulando em cima da cama dela.
Ela acordou resmungando algo ininteligível e foi em direção ao banheiro, fui fazer minha higiene pessoal e coloquei meu uniforme.
Até o momento de descermos para o café da manhã, Gina já melhorará muito seu humor. Assim que pisamos o pé fora do salão comunal percebemos que havia uma maior segurança na escola por causa do fato ocorrido: a cada vinte metros havia um monitor ou um professor.
No café da manhã Harry veio me avisar que Hagrid nos buscaria as seis no saguão de entrada, para tomarmos chá com ele, porque por causa das circunstâncias, não poderíamos ir sozinhos para sua cabana. Estava curiosa para saber sobre o que Hagrid queria conversar, mas tinha minhas suspeitas – certamente seria por causa de alguma novidade no caso do Bicuço.
Alunos de todas as casas vinham perguntar aos alunos da grifinória sobre o que havia acontecido, e se informarem de que os boatos eram verdadeiros, todos ficavam extremamente apavorados ao confirmarmos.
Assim que acabaram-se as aulas, Gina e eu fomos à biblioteca para ler. Ficaria lá até a hora em que devia encontrar com Hagrid junto com meu irmão. Peguei alguns livros e sentamos em uma das mesas. Quando comecei a me concentrar no livro, escutei alguém se aproximar e antes de se pronunciar, percebi que se tratava do Malfoy.
- O que quer Malfoy? – disse sem desviar meu olhar do livro, o que pareceu o surpreender. 
- Mellody, podemos conversar?
- Bom, se você não percebeu Malfoy, estou tentando ler.
- Mas eu preciso falar com você.
- Está bem te dou cinco minutos.
- Mel, vou pegar mais alguns livros sobre poções. – Gina disse enquanto se levantava e saía.
Malfoy puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado, coloquei o livro sobre a mesa e o fitei.
- Sobre o que você quer falar?
- É verdade que Sirius Black invadiu o Salão Comunal da Grifinória?
- Tecnicamente ele não invadiu, pois tinha a senha.
- Não interessa se ele tinha a senha ou não, o caso é que ele entrou na Torre da Grifinória. Ele não entrou em seu dormitório, não é? – ele perguntou parecendo preocupado.
- Não, só no dormitório masculino, por quê? – disse e ele pareceu um pouco aliviado, mas disse:
- Entrou no dormitório do cicatriz? 
- Já disse para não chamar meu irmão deste jeito. – eu disse ficando brava.
- Você não me respondeu, Mellody.
- Isso não lhe vem ao caso Malfoy.
- Sabe, você deveria ter ido para a Sonserina, possui várias características de lá, sem contar que minha casa é bem mais segura que a Grifinória e todos são do mesmo nível.
- Já chega Malfoy, não insulte meus amigos. – eu disse agora realmente brava.
- Ele está te incomodando, Potter? – Jamie Lerman, um aluno do quarto ano da Corvinal perguntou.
- Não, está tudo bem Lerman ele estava de saída, não é Malfoy?
Malfoy não disse nada, só olhou feio para o garoto e saiu da biblioteca. Jamie me analisou por alguns instantes depois saiu.
Gina apareceu alguns minutos depois com dois livros.
- Está tudo bem Mel?
- Mais ou menos Gina, que horas são? – perguntei enquanto pegava meus livros de cima da mesa.
- Cinco para as seis. – ela disse olhando para o relógio que fica na biblioteca.
- Merlin! Cinco para as seis? Ah não, preciso me encontrar com Hagrid em cinco minutos no saguão de entrada.
- Então você precisa correr amiga, deixa que eu levo seus livros.
- Obrigada Gina, nos vemos depois. – disse entregando meus livros a ela.
Nunca percorri o trajeto da biblioteca ao saguão de entrada tão rápido. É claro que na correria esbarrei em alguns alunos, mas pedi desculpas.
Hagrid, Harry e Rony já estavam me esperando.
- Onde estava Mellody? Por que demorou tanto? – Harry perguntou.
- Estava na biblioteca. – disse apenas, fazendo com que os três compreendessem imediatamente meu atraso.
- Vamos logo meninos, se não ficará muito tarde. – Hagrid disse dirigindo-se à saída.
Assim que entramos em sua cabana, dois fatos chamaram-nos mais a atenção. A primeira foi o fato de Bicuço estar apreciando seu jantar em cima da enorme cama de Hagrid e o segundo fato, foi um gigantesco traje peludo estar pendurado na porta do armário. Logo percebi que minhas suspeitas estavam corretas, certamente eram novidades sobre Bicuço. 
- Para que é isso, Hagrid? – perguntou Harry.
- O caso de Bicuço contra a Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. Nesta sexta-feira. Ele e eu vamos a Londres juntos. Reservei duas camas no Nôitibus…
Hagrid nos ofereceu chá e pãezinhos, mas como conhecemos muito bem sua culinária, não aceitamos alegando que havíamos acabado de comer, o que na verdade era mentira.
- Preciso conversar seriamente com os dois. – Hagrid disse sério olhando para Harry e Rony.
- Se precisa tanto conversar com nós dois, porque chamou Mel? – Ron perguntou curioso.
- Ela precisa me ajudar e confirmar o que preciso dizer a vocês. – olhei sem entender o que Hagrid queria dizer.
- Sobre o quê? – Harry perguntou.
- Mione. – Hagrid respondeu.
- Mione? – Harry perguntou ainda sem entender.
- O que é que tem a Mione? – Ron perguntou.
- Ela está em um estado de cortar o coração. Está se sentindo muito solitária e tem chorado muito. Parece-me que os dois estão dando mais valor a vassouras e ratos do que a uma amiga, por mais que ela tenha Mellody e Gina que a estão apoiando, vocês que são amigos dela. Ela abocanhou mais do que pode mastigar, se querem saber, todo o trabalho que está tentando fazer. E ainda arranjou tempo para me ajudar no caso do Bicuço, vejam bem… encontrou um material realmente bom para mim… Acho que ele terá uma boa chance agora…
- Hagrid, nós devíamos ter ajudado também, desculpe… — começou Harry, sem jeito.
- Não estou cobrando nada. – disse Hagrid, dispensando as desculpas. – Deus sabe que você teve muito com que se ocupar. Vi você praticando Quadribol todas as horas do dia e da noite, mas acho que os dois devem dar mais valor à amiga de vocês.
- Hagrid tem razão meninos, Mione está muito triste mesmo, eu e Gina tentamos fazer com que ela se anime um pouco, mas ela está muito magoada por vocês não falarem com ela. – pronunciei-me pela primeira vez. – Mione não tem culpa se o gato dela comeu ou não seu rato Ron. – disse me dirigindo ao ruivo. – E quando ela falou para McGonagall sobre sua vassoura Harry, Mione só queria te proteger.
Harry e Rony trocaram olhares constrangidos.
- Ela ficou muito nervosa, quando Black quase esfaqueou você, Rony. Ela tem o coração no lugar, a Mione, e vocês se recusando a falar com ela… – Hagrid disse ainda sério.
- Se ela ao menos se livrasse daquele gato, eu voltaria a falar com ela! – disse Rony, zangado. - Mas ela continua do lado do Bichento. É um maníaco e ela não quer ouvir nem uma palavra contra ele!
- Ah, bem, as pessoas podem ser obtusas quando se trata de bichos de estimação – disse Hagrid sabiamente.
Harry não disse nada sobre o assunto, parecia pensativo.
- Vocês são dois cabeça dura. – eu sussurrei cansada.
Até as nove horas os três ficaram conversando sobre quadribol, então como não entendia muito sobre o assunto, fui fazer carinho em Bicuço. Às nove, Hagrid nos devolveu ao castelo em segurança.

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Então, na primeira linha marcada, você dá a impressão de que é noite e logo depois, na segunda marcação, é manhã. O que aconteceu; elas acordaram e depois voltaram a dormir?
Na terceira marcação, parece que as duas utilizaram o banheiro de forma conjunta. Talvez essa seja mesmo a intenção, mas só estou alertando.
De resto não teve o que fazer. Foi bastante simples a correção, na verdade. Desculpe a demora.

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